quinta-feira, 11 de junho de 2009

Castel Monte

O Castel Monte faz parte da lista de monumentos da Itália e é uma das atrações da região. Situado na província de Andria, construído por Federico II em cima de um monte, de longe ja se pode ser visto. Em forma octagonal com uma torre em cada ângulo, ainda não se sabe com precisão qual era a função dessa construção. Casa de caça ou templo de estudos científicos? Não se sabe, mas tem algo de misterioso e místico. Quem sabe Federico II era um dos deuses astronautas?

La Focaccia

Um outro tesouro da pugliese é la focaccia. Essa pizza, que não é pizza, espessa, com ou sem tomate, recheada ou não, é realmente buonissima (quando quente).

Aos domingos parece que é um ritual sagrado fazer a focaccia. Sem a focaccia não é domingo. Se não é domingo não tem focaccia.

A focaccia é um motivo de orgulho para a região, depois da vitória sobre o Big Mac. Em Altamura, província de Bari, foi inaugurado um Mc Donald's, mas ao lado abriram uma focacceria. Um ano depois, o Mc Donald's fechou e Ronald voltou para a América.

Carro: vício italiano

Carro aqui é matéria de escola. Todos (homens) sabem, conhecem ou têm noção de motor. Eu me sinto um peixe fora d'água. Falam de cilindradas, cavalos, detalhes de seguro como se fossem vendedores.

A quantidade de carros é enorme. Parece que cada pessoa tem dois carros. Uma vez combinei com um amigo de correr em um parque perto de casa. A pé, levo 10 minutos até o parque, enquanto ele leva 5. Quando eu vi ele estava me esperando para irmos de carro ao parque. Isso é vício.

A FIAT é considerada a empresa deles, como se cada um fosse proprietário. E é verdade, depois de todo o dinheiro que o governo mete ali para nao falir. Enquanto a Ferrari é o orgulho italiano, parece que nem é feita por eles, mas é. Não importa quem está dirigindo ou de que nacionalidade é. O que importa é se o vermelho está na frente. Caso contrário, desliga-se a tv.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Itália é onde se come melhor

Durante uma conversa com dois amigos do trabalho, um dizia que em Paris se comia mal e, com convicção, que a melhor comida era feita pela mãe dele. Um outro amigo dizia que, certamente, a comida de Paris não era pior que a de Barcelona e que só em Puglia se comia bem.

Vamos com calma, Por que pensar que a comida dos outros é pior e não diferente?

Talvez seja porque a cozinha dos outros países não seja internacional, ou porque os produtos estangeiros não chegam à Itália, ou porque os italianos não desejam receitas estrangeiras, ou porque a Puglia não está em um outro país, ou porque a minha mãe não cozinha tão bem quanto a mãe do meu amigo.

De uma coisa eu tenho certeza: A Itália é onde se come melhor, segundo os italianos.

Férias em agosto

Na Itália as férias rolam em agosto. O ano escolástico acaba em junho/julho e recomeça em setembro/outubro. As empresas fecham em agosto. Todos saem de férias juntos e a Itália vira um caos.

Quem vive no norte viaja para as praias do sul. Quem vive no sul fica no sul ou viaja para a Grécia ou Egito. Parece que os preços aumentam, absurdamente, com o calor.

Uma vez fiz uma viagem nas minhas férias de agosto pelo centro-norte. O lado bom é que não tem muita gente. Alguns lugares fecham, mas a parte turística está sempre aberta.

No dia de ferragosto, 15 de agosto, considerado o dia mais quente do ano, o que não é verdade, mas é muito quente, estava em Bolonha. Bolonha é uma cidade universitária, por isso já dá pra imaginar como estava a cidade: deserta e bolente.

Ferragosto é o dia reservado para curtir com a família e/ou amigos uma praia, um almoço em campagna (campo), uma viagem etc. É o dia reservado para não trabalhar, fazendo hora extra.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Vamos a la playa

Ao longo dos 834 km de costa que alternam trechos de areia e rocha, existem os "lidos" que são áreas reservadas e privadas que oferecem aos banhistas banheiros, restaurante, aluguel de barracas, cadeiras: é uma opção.

O destino, quase sempre, são as praias e lidos do sul, onde há areia branca e água cristalina. Quando não há areia, há pedras. Para não se machucar, um par de chinelos é essencial para o banho. Para deitar ou sentar sobre o terreno rochoso, uma toalha espessa e uma esteira, se possivel, não é uma má idéia.

No verão, é o caos total. Todos vão à praia. Acordam cedo e se deslocam por quilômetros para chegar a um pedaçinho de areia e ficar ali até que o sol se apague. O retorno à casa com muitas horas de engarrafamento pela estrada é o último capítulo da saga "verão na praia".

Puglia, um paraíso na Itália

28/05/2009 21:37

A região representa rica mistura entre arte, história, gastronomia, enologia e belíssimas paisagens

Aline Carvalho/Especial para a Folha

Puglia é cercada pelo Mar Iônico e pelo Mar Adriático, o que possibilita ao visitante que percorre sua costa, vislumbrar incríveis paisagens, como a indescritível transparência e beleza das águas do mar de Salento; a clara e fina areia da praia de Santa Cesáreo; a pré-histórica e admirável Gruta Zinzulusa e uma esplêndida costa rochosa, com altos recifes margeando o mar.

Ao escolher Puglia como destino, não deixe de conhecer Ostuni - conhecida como cidade branca (nome dado devido à cor das suas casas construídas em cal vivo que a torna visível desde muito longe) - localizada a poucos quilômetros da costa, no cume de uma colina solitária. Possui belas e estreitas ruazinhas contrastando com grandes construções, como a igreja barroca de S. Maria Madalena, o Palácio Ducal e o santuário de Sant'Oronzo. Ainda na costa Adriática, Polignano a Mare é uma pérola que se localiza num rochedo em declive e é constelado de belas grutas.

Historicamente, Puglia é a região italiana mais próxima da Grécia, cuja cultura estava estabelecida muito antes de ser conquistada pelos romanos. É possível admirar os traços desta antiga e fascinante relação no Museu Arqueológico de Taranto, cujo vasto acervo de objetos gregos são datados do século IV a.C. e também no esplêndido Castelo Aragão (conhecido com Castelo Sant'Angelo), que passa, atualmente, por um minucioso trabalho arqueológico na intenção de recuperar sua estrutura inicial construída sobre alicerces gregos.

Lecce, por sua vez, é caracterizada por exuberantes obras arquitetônicas no estilo barroco (algumas demoraram mais de 150 anos para serem concluídas) e por sua arte em papel machê. Destaca-se ainda a intacta igreja dos Santos Nicolo e Cataldo, erguida em 1180.

Para os amantes de enologia e gastronomia, a região oferece uma cozinha famosa pelos sabores e aromas mediterrâneos, com destaque para o azeite de oliva, tomate e frutos do mar. É uma oportunidade única para se conhecer os vinhos locais de cultivo milenar, tintos, brancos e rosés produzidos com uvas nativas, como Negroamaro, Uva di Troia, Malvasia Nera e a magnífica Primitivo.
Para finalizar, vale destacar ainda a cidade de Alberobello (patrimônio da humanidade, segundo a Unesco), conhecida como a capital dos Trulli, espécie de casa de paredes arredondadas e tetos cônicos, feitos de pedras encaixadas, construídas na segunda metade do século 16.
Todas estas atrações, unidas a uma rota pouco movimentada, com praias paradisíacas e cidades tranquilas, mas com serviços e estabelecimentos de requinte, fazem de Puglia uma ótima opção para passeios românticos e altamente privados.

Matéria publicada em Folha de Alphaville Online

Produtos do Brasil

Se você sentir aquela saudade da comidinha de casa, vai ficar só na saudade. Encontrar produtos brasileiros em Bari não é uma tarefa fácil. Quando fiz um giro pelo centro da cidade e perguntava se existia algum lugar que poderia, por acaso, vender algo que lembrasse o Brasil, a resposta mais comum era: "non lo so" (não sei). A resposta mais divertida foi: "existe uma lojinha de um indiano que vende coisas da Argentina". Enfim, consegui achar uma loja que vende suco de goiaba do Egito, leite condensado de Israel e arroz, feijão preto e castanha de caju do Brasil.
Vindo da Estaçao Central de Bari, passar pela praça Aldo Moro, pegar a via Sparano da Bari até a Piazza Umberto I. Virar à direita, na rua em frente a estátua de Humberto I sobre cavalo. A poucos metros da praça, à direita
.

Como entrar na Itália?

Chegando em Roma, no aeroporto Fiumicino, me pediram o passaporte, as passagens de ida e volta e comprovante de reserva do hotel. Me perguntaram quantos dias eu ficaria na Itália, com quem e onde, mas eu tinha tudo pronto (à mão) e ensaiado. Na alfândega, o controle das bagagens não existiu. Fim da tensão.

Para entrar na Itália os brasileiros que estiverem a turismo e por, no máximo, 90 dias, não precisam de visto, porém os Países integrantes do Espaço Schengen (e a Itália faz parte) estão exigindo algumas coisas, como:

1) passaporte com validade superior a 6 meses;
Sem isso é impossivel viajar. Solicite o passaporte o quanto antes. Dependendo da cidade e do período pode demorar mais de 1 mes.

2) bilhete de viagem aérea (ida e volta) com permanência máxima de 90 dias;
Passagem ou ticket eletrônico.


3) comprovante de alojamento;
E-mail impresso que comprove a reserva.


4) seguro de saúde;
Não é obrigatório, mas existe um acordo entre Brasil e a Itália que assegura o sistema de saúde. O beneficiário do INSS deve solicitar o formulário IB-2 em um escritório do INSS, indicando o período de permanencia em Itália.
Eu tentei... enfrentei uma fila do cão, perdi tempo e a burocracia me venceu. Comprei um seguro viagem que cobre assistência médica, odontológica, farmacêutica, jurídica, garantia de viagem de regresso, seguro para as bagagens etc. Não usei nada disso, mas acho que vale a pena. Nunca se sabe!


5) comprovante de meios financeiros para manter-se durante a estada
Travel check, carta di crédito ou dinheiro.

6) carta-convite
Isso não é obrigatório, mas é mais um documento que comprova a sua estada a turismo.

Depois de toda essa burocracia, fica a critério da imigração italiana a exigência do cumprimento destas formalidades. Se voce estiver com todos os documentos e, mesmo assim, eles não forem com a tua cara: boa sorte e bom retorno ao Brasil.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tesouros de Puglia - Gli Orecchiette

Quando se fala em comer bem na Itália é motivo de horas de discussão. Na Puglia, não è diferente. Enquanto em Roma existe o Coliseu e em Veneza, a Ponte dos Suspiros, em Puglia existe "gli orechiete". Um tipo de massa em forma de pequenas orelhas (pode parecer estranho a descrição, mas é delicioso). A receita típica da região são "gli orecchiete con le cime di rape" (nabo), mas prefiro com carne (foto). Antes de chegar na Itália ainda não tinha comido esse tipo de massa. Posso assegurar: é um dos tesouros de Puglia.

Outros postais (Viagem e Turismo)

Vilas caiadas de branco, extensos campos de oliveiras, um mar azul, azul. A PUGLIA é uma bela surpresa. E uma outra Itália...

À medida que a A-16 quebra para o interior e vai avançando pela região da Campanha, na altura de Nápoles, a Itália dos cartões-postais vai ficando para trás. Sucedem-se longos descampados cobertos de verde e, ora aqui, ora ali, um vilarejo, um povoadozinho, e mais descampado. As placas deixam de mostrar nomes familiares, como Amalfi ou Salerno, para apresentar pontos de interrogação, como Foggia, Canosa, Andria. Cerca de 250 quilômetros depois o mar se descortina lá na frente, azul de doer. Chegamos à beira-mar da Puglia. Uma imensidão banhada pelas águas transparentes do Adriático, onde pipocam vilas caiadas e um mar de oliveiras centenárias que só acaba na areia da praia.
Deixe pra trás, nas primeiras curvas da estrada, todos os estereótipos. Estamos numa Itália diferente. Sem a beleza escancarada de Veneza, as grifes sofi sticadas de Milão ou os monumentos milenares de Roma. Embora apontada como "a nova Toscana" por revistas do mundo todo, a Puglia não tem as vilas medievais de pedra encarapitadas no alto das colinas, a arquitetura renascentista, as igrejas cobertas de afrescos. É uma outra Itália que os próprios italianos estão descobrindo agora. Com a promessa de virar a bola da vez. 
Antiga Magna Grécia, a região tem um passado de sucessivas dominações. Além de grega, já foi ocupada por venezianos, espanhóis e austríacos antes de retornar às mãos dos italianos de vez, no século 19. Toda essa história deixou marcas por todo canto, seja nas cidadelas muradas, seja nas fazendas fortificadas erguidas ao longo da costa. Hoje, é este cenário que está sendo ocupado aos poucos por hotéis de design, spas, clubes de praia da moda. Com a vantagem de que a Puglia ainda é um segredo bem guardado pelos italianos. E você jamais vai trombar com uma multidão de turistas ou uma frota de ônibus congestionando as ruas de uma vilinha.

O trecho que mais interessa está delimitado entre as cidades costeiras de Bari e Brindisi, interligadas pela rodovia E-55 num percurso de pouco mais de 100 quilômetros. Mas é ao sair da estrada e rodar sem rumo que as surpresas aparecem. A partir do norte, a primeira delas é Polignano a Mare, onde as falésias recortadas desenham praias idílicas. Na seqüência está Monopoli, com um simpático centro histórico de casas brancas e roupas nas janelas, onde a vida segue um ritmo lento. Dali para baixo belas praias se enfi leiram e só mudam de nome: Savelletri di Fasano, Torre Pozzelle, Marina di Ostuni. 
Daria para seguir viagem apenas pela costa, onde o trecho estreito de mar separa a Itália da Grécia e da Croácia e a brisa sopra tranqüila e quente. Mas vale desviar para o interior para conhecer outras duas cidadezinhas especiais. A primeira é Alberobello, famosa pelos trulli, um tipo de casa de paredes arredondadas e tetos cônicos. A maior concentração desse tipo de construção está lá - são mais de mil exemplares. A segunda é Ostuni, também conhecida como "a cidade branca". De longe já dá para ver o centro histórico todo pintado de branco, onde as construções geminadas formam uma teia irregular de vielas e becos. Por todo canto que se olhe, velhas oliveiras de troncos grossos e retorcidos seguem até a linha do horizonte. Lá longe, uma pontinha do mar. A brisa que traz a maresia é só um convite extra para esticar um pouco mais.

Por: Rachel Verano | Foto: André Klotz
Matéria publicada em Viagem e Turismo

http://viajeaqui.abril.com.br/indices/edicoes/conteudo_246744.shtml

Você é brasileiro? Conhece João Paulo (do Brasil)?

Se dependesse dos puglieses, principalmente, dos bareses, João Paulo do Brasil (os italianos o chamam assim) mereceria uma estátua, se possível de corpo inteiro. Em Bari, quando se fala do Brasil, a primeira imagem que vem à cabeça (quando nao é do carnaval, da mulher ou de copacabana) é a de João Paulo.


João Paulo (do Brasil) jogou por 5 anos pelo Bari. Venceu, somente, uma taça Mitropa (1990), mas deixou seu nome. É considerado um dos melhores atacantes do Bari dos últimos 30 anos.

Quando dizia aos meus amigos que viria para a (ou que estava em) Puglia, ninguém sabia onde era. Então, usava a minha última carta: "João Paulo, aquele do Guarani, do Corinthians e da Seleção. Aquele baixinho, veloz com cara de índio."
Pelo menos para os amantes do futebol, a Puglia foi localizada no mapa dos brasileiros.

> Assista os gols de João Paulo

Você sabe onde fica a Puglia?

Vamos là. Costumo dizer que, para os brasileiros, a Puglia não existe. É isso mesmo! Seja por falta de informaçao, de curiosidade ou de promoção. A Itália, para a grande maioria, é Roma, Florença, Pisa, Bologna, Veneza, Milão. Incluo Nápoles, Sicília e Sardenha. Parece muita coisa? Não é nada! Certamente a península itálica é muito mais que isso.

A Puglia é uma região da Itália meridional (sul), cujo "capoluogo" (capital da região) é Bari. Como se vê no mapa, é o "salto da bota". Tem o litoral mais longo da Itália banhado por dois mares. É plana, sem grandes montanhas. Faz frio no inverno, calor no outono e primavera. No verão, muito calor. Bom... eu tô ali, naquela área, suando, em Bari.

Finalmente... o meu blog

Depois de muitas tentativas, tive uma idéia e escolhi um assunto e nome para o meu blog. Na verdade, eu tinha uma aversão a blogs. Achava ridículo e sem graça. Enfim, agora estou aqui. Revi meus conceitos, e isso faz bem, principalmente, nesse momento.
Daqui a pouco farei dois anos de Itália e acho que ja tenho algumas histórias para contar. Quem sabe ajudar e trocar idéias com aqueles que pensam em vir, em ficar ou partir da Itália. 

Arrivederci!